sexta-feira, 18 de junho de 2010

''A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se.'' ( Marquês de Maricá)




Em primeiro lugar: sumi por falta de tempo. Realmente ele ficou muito curto para mim durante esses últimos meses. O assunto que escolhi para comentar hoje, foi inspirado em uma série de fatos que observei durante o trajeto de casa à escola. Algo que eu preferia que fosse ficção,mas infelizmente é a nossa realidade. Nossa não,aparentemente, porque quase ninguém pensa assim. Acham que é problema deles, e que não devemos nos importar. Enfim, o tema central é a desigualdade.
Desigualdade financeira, educacional, territorial, política, alimentícia, trabalhista,tecnologica... uma palavra que nem sequer deveria existir, é encontrada com facilidade em qualquer livro e com tantas variações...
Diferente de gráficos matemáticos que você aprende na escola e não irá ver puro e concreto nas ruas, a desigualdade comentada nas aulas de geografia ou em qualquer outra, está em toda parte, variando apenas de lugar para lugar, mas não em intensidade.
Desigualdade é desigualdade, é cruel e injusta de qualquer forma,não existe pouca desigualdade ou muita desigualdade.
As pessoas deveriam começar a adquirir uma nova postura em relação a esse assunto. Não dá para evitar o uso de clichês, mas todos são cidadãos, pagam impostos, são feitos a partir da mesma matéria e irão para um mesmo lugar, se é que existe um. Então por que são colocados em uma hierarquia social que não oferece opção?
Crianças que já nascem sem saber que irá faltar comida, outras que irão poder escolher até qual especiaria irão querer.
Crianças em sinais, esperando sensibilidade de pais de outras crianças que no banco de trás do carro, irão chegar em casa e deitar em uma boa cama quente.
Dentre os exemplos que presenciei um me chamou atenção e me fez chorar: uma criaça com um caderno nas mãos. Um bom observador entenderia que abandonado e sem residencia, ele almejava estudar.
Quando fui à uma creche carente fazer uma doação, uma onda de indignação e impotencia tomou conta do meu ser. Situações como esta, causam reflexão, mesmo que momentanea, sobre a diferença que você faz na Terra, o peso da sua passagem por aqui. Tantos indivíduos tentando se destacar em estilo ou força... por que não tentar se diferenciar na solidariedade? Esse sim, seria um ótimo fato para chamar atenção, já que uma pessoa solidária que não se importa só com a elevação do seu capital, hoje em dia é tão raro quanto conhecer uma cidade que não tenha violencia.
Chega a ser sufocante saber que você é tão insignificante e pequeno, diante de um problema tão grande, histórico e triste. Chega a ser mais sufocante ainda saber que esse é mais um dos milhões de problemas sem solução no mundo inteiro.
Uns tem muito e sempre acham que é pouco. Outros tem tão pouco, mas sabem o valor de ter ao menos o pouco, que para eles, em toda e qualquer situação é muito.

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